View from Kempinski Nile Hotel | c. Big Guy Big World
Ao longo dos séculos, o Egito foi o lar de muitas culturas e muitas civilizações, abrigou religiões e renegados, amantes e não amáveis. Como resultado, o Egito tornou-se um cata-vento de diversidade, com nomes de cidades variando do latim ao árabe, do grego ao inglês. Seja uma língua da antiguidade ou uma que ainda usamos hoje, o Egito se lembra de todas elas na forma do Cairo.
Cairo é tanto a capital do Egito quanto sua queridinha, com mais de oito distritos que vão do antigo ao moderno ao pós-moderno. Cada um tem uma identidade única, um sentido único de si mesmo; Maadi é para os sonhadores, para os floristas, para os que se perdem em paz. Mohandessin é uma selva de concreto, rápida e impiedosa, um centro de barulho e conhecimento corporativo.
Mas há sempre um pouco mais para cada um deles. O mistério dos nomes...
AIN SHAMS
Ain Shams é o mais previsível desta lista. Seu significado é “Olho do Sol” em árabe, já que o distrito agora fica no topo de um dos locais mais interessantes da antiguidade: a antiga Heliópolis. Para não ser confundida com a cidade moderna, a verdadeira Heliópolis foi o epicentro espiritual da adoração ao sol no antigo Egito. Hoje, Ain Shams é um dos bairros mais antigos do Cairo, contendo um número formidável de locais históricos.
EL MANIAL
Entrance to Cairo’s Manasterly Palace | c. Zeinab Mohamed via Flickr |
El Manial é um feito de engenhosidade lírica e industrial; em árabe, significa nilômetro. O nilômetro particular que atravessa El Manial ainda está, em plena glória, ao lado do Palácio Manesterly. Muito antes da barragem de Aswan, os egípcios “inventaram um instrumento para medir as águas a fim de prever o comportamento do Nilo”. Nilômetros foram usados tão cedo quanto 5.000 anos atrás, e variam em tipo. Apenas sacerdotes, faraós e, posteriormente, líderes árabes e romanos foram autorizados a supervisionar a construção e monitorar o uso de nilômetros.
CIDADE JARDIM - GARDEN CITY
Garden City c. Step Feed |
Quando o Khedive Ismail se empenhou em europeizar o Cairo, nasceu a Cidade Jardim. Assim como o nome sugere, a maior parte de sua inspiração vem de países estrangeiros: com as ruas estreitas, outrora de paralelepípedos, que lembram Paris e Amsterdã, até os prédios baixos e a arquitetura inglesa. Sua paisagem, layout e atmosfera geral são uma prova dos arquitetos estrangeiros que trabalharam em seu início. Hoje, Garden City é considerado um dos subúrbios mais sonolentos do Cairo para os ricos e resignados.
HELIÓPOLIS
Ao contrário de Ain Shams, esta Heliópolis tem muito pouco a ver com a cidade antiga. Em vez disso, seu nome – Heliópolis, que significa “Cidade do Sol” em grego – é uma homenagem a uma das pedras angulares do culto religioso do Egito. Construído em 1905 pelo industrial belga Édouard Empain e por Boghos Nubar, filho do primeiro-ministro egípcio Nubar Pasha, é agora a ponte do Cairo para assentamentos mais modernos. Entre os habitantes locais, Heliópolis é conhecida como Misr El Gedida ou o Novo Egito. Ele fala dessa conexão entre uma cidade outrora antiga e seu equivalente moderno.
MAADI
Maadi é, assim como Garden City, um dos locais mais tranquilos do Egito. O nome deriva da cultura pré-histórica do Baixo Egito, Buto Maadi. É creditado a um subúrbio ao norte do delta, onde seu homônimo permanece na forma de um distrito do Cairo. Os assentamentos no Baixo Egito são mais bem preservados do que seus homólogos, e é em grande parte por isso que o Maadi contemporâneo é famoso por sua ligação íntima com o passado.
A cultura ressurgiu em ondas com as fases Naqada I e II no alto Egito, mas a cultura permanece intimamente ligada ao próprio Maadi hoje – onde foi mais famosa.
SHUBRA
Shubra é um nome irônico para um dos maiores distritos do Cairo. Shubra, derivado do copta, pretendia significar pequena vila ou cidade. Embora fosse, desde o início, hoje Shubra é um notório gigante, repleto de prédios e barulho, um local animado que nenhum residente do Cairo pode ignorar em uma lista como esta.
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por Mona Abdou para Egyptian Streets
traduçao de Cris Freitas para Universo Árabe
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